Essa é hoje
uma das perguntas que as pessoas mais gostam de fazer aos padres, porque para
muitos é algo sem sentido. “Seria muito mais fácil e a Igreja evitaria muitos
dos problemas de hoje com isso” alguns dizem. Na verdade não é que o sacerdote
não possa se casar, mas sim que ele por opção própria decidiu renunciar ao
matrimônio, dando sua vida totalmente a Deus.
O homem por
sua natureza humana é imcompleto, e encontra a sua realização no amor, quando
usando sua liberdade encontra na pessoa da mulher aquilo que lhe falta, a
feminilidade, assim podemos dizer que o
homem se realiza quando em sua vida une-se a mulher, mas quando falamos das
pessoas consagradas a realização acontece no ato de doar-se por amor ao ideal
que Deus tem para a sua vida, uma doação por amor em busca do Amor, que é o
próprio Deus. Daqui sai o primeiro argumento, o celibato (do latim caelebs, solteiro), é uma opção pessoal,
a pessoa que promete isso aceita viver celibe por toda a sua vida.
E o motivo
mais importante é o fato de que, o sacerdote é a imagem de Cristo no Mundo, é
um outro Cristo. Nosso Senhor foi celibe em sua vida terrena escolhendo viver
inteiramente pelo Reino de Deus, isso é explicado muito bem pelo nosso Papa
Bento na Exortação Apostólica pos-sinodal, “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev
2007. Diz o Papa:
“O fato de
o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício
da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para
perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é
suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na
realidade, constitui uma especial conformação ao
estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante
opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida
pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio
Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e
a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva
a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente,
confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal,
vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e
para a própria sociedade.”(n.24)
E por fim
para que vejamos que não só os católicos apreciam o celibato, Mahtma Gandhi
falando sobre o celibato sacerdotal disse: “Vocês erram não reconhecendo o
valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus
sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa”. (Tomás
Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).
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